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Eficiência no controlo e gestão da produção de vinho

A melhor maneira de prever o futuro de um vinho é controlar todo o processo de vinificação no presente.

 

A inclusão da Indústria 4.0 nas operações da adega tem sido uma vantagem para o controlo de procedimentos que podem ser automatizados, reduzindo assim a carga de trabalho das equipas da adega. A vantagem da sua aplicação não se centra apenas na automatização de alguns processos, mas também na obtenção de informação clara, visual e conjunta sobre diferentes parâmetros relacionados com a cinética da fermentação. Isto permitirá aos enólogos ter uma imagem da situação da adega em fermentação num relance, a qualquer hora do dia e podendo mesmo aceder a essa informação a partir de qualquer dispositivo eletrónico. Permite ainda tomar decisões de forma antecipada evitando, em tempo real, possíveis desvios na fermentação e facilitando os processos de melhoria contínua da qualidade dos vinhos.

 

Gráfico de definição da Indústria 4.0
Figura 1. Gráfico de definição da Indústria 4.0

 

A vindima é o ponto crítico na gestão e no processo de vinificação. O volume de trabalho num curto espaço de tempo obriga a otimizar os escassos recursos, exigindo, em algumas circunstâncias, a priorização dos trabalhos mais essenciais para o processamento das uvas e o desenvolvimento das fases pré-fermentativas e fermentativas. Nesta altura, forma-se a base do vinho e estes meses são particularmente importantes para a formação da fração aromática e para a estrutura do futuro vinho.

 

Tecnologia Agrovin para o controlo da vinificação

 

Tank control

 

Trata-se de um sistema de gestão integral que introduz a Indústria 4.0 na adega. Através da instalação de sensores nos depósitos e do seu acoplamento conjunto num único software, estabelece-se uma dinâmica ativa entre os planos físico e digital, transferindo para um suporte eletrónico informação em tempo real de múltiplos parâmetros da situação atual durante a vinificação e conservação do vinho.

 

O Tank Control é uma tecnologia que se adapta às necessidades da adega, sendo possível configurar as ferramentas necessárias dentro de um catálogo de opções que, em conjunto, permitirão um controlo e conhecimento total do processo de fermentação e, posteriormente, durante o armazenamento. O desenvolvimento contínuo dos nossos sistemas permite-nos, atualmente, a opção de uma instalação sem fios que evita a necessidade de cablagem.

 

Módulos de controlo de depósitos:

 

1. Sistema de remontagem (ULISES TDR2):

 

A injeção de gás sob pressão permite a formação de macro-bolhas que, durante a sua subida, deslocam a fração líquida para o topo, empurrando a massa sólida compactada na superfície e provocando a sua rutura e consequente afundamento. Desta forma, consegue-se uma humidificação total das películas, evitando a formação de canais preferenciais típicos da remontagem tradicional, através da injeção de gás sob pressão. O processo de dupla injeção configurado no ULISES TDR2 e patenteado pela AGROVIN a nível internacional consegue uma perfeita homogeneização da pasta, favorecendo a extração dos compostos polifenólicos e aromáticos.

 

2. Desencuba:

 

O sistema de desencuba, desenvolvido e patenteado pela AGROVIN permite a extração automática de todo o depósito, facilitando o trabalho do pessoal da adega, que dificilmente terá de intervir.

 

3. Sistema de medição da densidade:

 

As sondas de densidade darão uma imagem em tempo real da cinética da fermentação e têm a possibilidade de trabalhar em sinergia com o sistema de remontagem e de controlo da temperatura.

 

4. Sistema de medição da temperatura:

 

Permite uma ação óptima sobre o sistema de arrefecimento do depósito. Para além do controlo da temperatura e da gestão do depósito, em combinação com o sistema de remontagem, evita-se a estratificação térmica e, consequentemente, otimizam-se os recursos da adega.

 

5. Sistema de medição de potencial eletroquímico:

 

Electrowine – Medição do estado de oxidação-redução do vinho em fermentação ou armazenamento. Oferece a oportunidade de conhecer o estado de oxidação-redução do vinho, melhorando a qualidade aromática, bem como otimizando a gestão do fornecimento de oxigénio na fase de fermentação e harmonização.

 

6. Macro/micro-oxigenação/sistema variável:

 

DosiOx – Gestão inteligente do fornecimento de oxigénio durante o processo de vinificação. Os diferentes modos de funcionamento (micro, macro e variável), permitem o doseamento preciso do oxigénio necessário em cada fase (fermentação/armazenamento).

 

7. Sistema de medição de nível.

 

Determinação do volume de mosto/vinho presente em cada depósito.

 

Sinergia entre sistemas:

 

A monitorização e o controlo de vários parâmetros permitem, por sua vez, que diferentes sensores/ferramentas trabalhem em conjunto, convertendo qualquer depósito tradicional num depósito automático.

 

  • 1. Electrowine – DosiOx: A medição do potencial eletroquímico combinada com o fornecimento de oxigénio permite otimizar as doses e o tempo de trabalho em função das necessidades de cada mosto/vinho.
  • 2. Medição da temperatura – ULISES TDR2: O seu trabalho conjunto evita a estratificação do depósito a diferentes temperaturas e otimiza o sistema de arrefecimento através de uma melhor homogeneização do depósito.
  • 3. Medição da densidade – ULISES TDR2 – O funcionamento combinado permite programar a densidade de remontagem ou a densidade de referência em diferentes etapas, consoante a fase de fermentação e dessa forma maximizar a extração consoante as opções técnicas do enólogo

 

Todos os sensores são suportados por um software que permite a sua visualização conjunta através de gráficos multiparamétricos (Figura 3). A sua representação dá uma imagem da situação atual e histórica de cada um dos tanques ligados.

Figura 2: Esquema de instalação do sistema de controlo de depósito "Full Equip".
Figura 2: Esquema de instalação do sistema de controlo de depósito “Full Equip”.
Figura 3. Gráfico de visualização multiparâmetro de uma fermentação.
Figura 3. Gráfico de visualização multiparâmetro de uma fermentação.

 

Benefícios enológicos para o vinho e para as adegas

 

  • – Maior controlo do estado de oxidação-redução: O controlo do potencial eletroquímico permite uma gestão mais eficaz dos fenómenos de oxidação e de redução no vinho.
  • – Maior controlo microbiológico: A ausência de mangueiras e de bombas de remontagem torna a limpeza dos depósitos mais fácil. Além disso, o sistema de remontagem ULISES TDR2, permite uma desencuba automatizada muito mais higiénica e prática do que a desencuba tradicional.
  • – Homogeneização total do produto durante a fermentação: A homogeneização total impedirá a formação de camadas de massa em fermentação a diferentes temperaturas, evitando assim possíveis desvios na fermentação.
  • – Otimização da maceração: A remontagem com o sistema ULISES TDR2 maximiza o contacto das películas com o mosto, permitindo assim a extração de compostos aromáticos e fenólicos das uvas de forma eficiente.
  • – Otimização do espaço: Reduz o tempo de maceração e/ou fermentação em relação às tradicionais remontagens, minimizando o tempo de permanência nos depósitos.
  • – Otimização da refrigeração do depósito de fermentação: A remontagem com o sistema Ulises TDR2 permite distribuir o mosto refrigerado, tornando o sistema mais eficaz. Além disso, a injeção de ar comprimido promove a libertação de dióxido de carbono e dissipa uma parte do calor gerado durante a fermentação alcoólica.
  • – Controlo em tempo real da cinética da fermentação: a medição constante da densidade facilitará a deteção precoce de qualquer desvio da fermentação, eliminando o risco de erro humano na recolha de amostras, que não são representativas da situação real da fermentação.

 

Especificaciones PT

 

Eficiência económica e energética do processo de vinificação

 

O Tank Control irá melhorar a eficiência económica e energética das adegas através da otimização dos processos de fermentação:

 

  • – O sistema de remontagem Ulises TDR2 reduz o consumo de eletricidade, eliminando a necessidade de bombas de remontagem que consomem muita energia e que requerem manutenções dispendiosas.
  • – Além disso, o movimento do volume de líquido deslocado pela formação de macro-bolhas conduz a uma melhor homogeneização do mosto, permitindo a dissipação do calor e do CO2, otimizando dessa forma o arrefecimento do mosto.
  • – Por outro lado, a melhor homogeneização do depósito favorece a dinâmica da cinética da fermentação, reduzindo o tempo de permanência nos depósitos e, por conseguinte, encurtando o tempo necessário para o arrefecimento na presença de pasta.
  • – A agilidade do processo de desencuba automática também reduz o tempo necessário para que as bombas movimentem a pasta líquida e reduz ainda de forma substancial a intervenção de mão obra.

 

Isto resulta numa redução do consumo de energia entre 35-40% quando se trabalha com o sistema completo.

 

Certificado PT

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