Os efeitos das alterações climáticas estão a causar danos irreversíveis ao nosso planeta, afetando o setor agrícola em todas as suas variantes, incluindo a vinha. O aumento da temperatura, a diminuição das chuvas e o aumento de CO2 têm consequências graves na maturação das uvas, o que provoca que a maturação fenólica e tecnológica não ocorram ao mesmo ritmo, conduzindo ao que é conhecido como stress térmico na videira.
Este fenómeno dá lugar a um aumento do teor alcoólico das uvas, causado por uma rápida acumulação de açúcares nas uvas, e com isso, uma descompensação entre a maturidade tecnológica e a sua maturidade fenólica e aromática, o que resulta em uvas com menos potencial organoléptico.
Outra das consequências do stress térmico é a diminuição da qualidade das uvas, que é um dos principais motivos pelos quais o setor enológico necessita de novas tecnologias que se adaptem à situação atual das adegas, tais como: vindimas mais cedo, maior quantidade média de uvas, colheitas mais rápidas devido à mecanização da vindima e uma descompensação progressiva na uva dos principais compostos de interesse enológico.
GRUPO AGROVIN TRABALHA POR E PARA AS ADEGAS
Desde as suas origens, o Grupo Agrovin trabalha por e para as adegas, procurando soluções ótimas para que estas sejam mais responsáveis e consigam produzir vinhos de qualidade, graças ao aconselhamento técnico dos nossos profissionais, produtos, serviços e sistemas.
Neste sentido, um dos objetivos do Grupo Agrovin é o desenvolvimento de novas tecnologias que ajudem o setor enológico a otimizar os seus processos e mitigar os efeitos que as alterações climáticas estão a ter no setor vitivinícola, com o objetivo de melhorar a qualidade dos seus vinhos, extraindo o máximo potencial aromático e fenólico das chamadas “uvas das alterações climáticas”, sendo este o principal motivo que nos levou a desenvolver o Ultrawine Perseo.
ULTRAWINE PERSEO. A SOLUÇÃO QUE MELHORA A QUALIDADE DAS UVAS DAS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
O Ultrawine Perseo foi desenvolvido pelo Departamento de Tecnologia do Grupo Agrovin, em colaboração com investigadores do Departamento de Agroquímica e Tecnologia Alimentar da Universidade de Murcia e da Universidade de Castilla-La Mancha. Foi também aprovado pela OIV (Organização Internacional da Vinha e do Vinho) a utilização de tecnologia de ultrassons como prática enológica permitida e obteve recentemente patentes nos EUA e na Nova Zelândia.
Ultrawine Perseo é um sistema enológico inovador indicado para extrair o máximo potencial aromático e fenólico das uvas por meio de ultrassons de alta potência e baixa frequência. É uma técnica de extração nobre, sem aumento de temperatura ou pressão que, por sua vez, permite otimizar o processo de vinificação.
Além disso, a sua aplicação consegue anular os efeitos sobre o atraso da maturação das uvas provocados pelas alterações climáticas, controlando o teor alcoólico e melhorando a qualidade da uva para obter um vinho de elevada qualidade.
O resultado da sua utilização no processo de produção, em termos organoléticos, são mostos de alta qualidade com uma cor e um aroma intensos. Assim, melhora sensorialmente o vinho, respeitando o carácter varietal da uva, e resultando em vinhos mais aromáticos, estruturados e mais encorpados.
É uma ECO-tecnologia 100% sustentável indicada para adegas responsáveis, uma vez que a sua utilização aumenta a extração de compostos fenólicos e aromáticos, poupando tempo, energia e consequentemente custos, otimizando a todo o momento os recursos à disposição da adega. Os testes mostram que o Ultrawine Perseo, em comparação com o método tradicional de maceração, reduz o tempo de maceração em até 50% e 15% em termos de poupança de energia, devido ao baixo consumo dos seus componentes e ao facto de se evitar o uso de temperatura para a extração.
EM QUE CONSISTE A SUA TECNOLOGIA
O Ultrawine-Perseo é uma tecnologia que permite a extração a frio de compostos de uvas por meio de ultrassons. Aplica ultrassons de alta potência à pasta comprimida, produzindo no meio circundante o processo conhecido como cavitação.
A cavitação é um processo físico que consiste na produção de micro-bolhas que tendem a colidir umas com as outras e a libertar a sua energia. Pressão mínima Pressão máxima.
Esta colisão agressiva das bolhas, juntamente com o processo de implosão associado, provoca o desgaste do tecido da casca, facilitando assim a libertação dos compostos fenólicos e precursores aromáticos que o compõem, permitindo às adegas reduzir o tempo que gastam neste processo, e assim otimizar a capacidade de produção ao ter mais tanques de maceração disponíveis.
ULTRASSONS APLICADOS AO PROCESSO DE PRODUÇÃO
De 2015 a 2019, o GRUPO AGROVIN demonstrou que a ultrassonografia é uma tecnologia válida para o setor. Tanto assim que, em 2019, a OIV (Organização Internacional do Vinho e da Vinha) aprovou através da resolução OIV-OENO 2019/934 o ultrassom como uma tecnologia adequada para a produção de todas as categorias de vinho. Fomos a primeira empresa a utilizar ultrassons no processo de produção de vinho, o que constitui um grande avanço para as adegas de todo o mundo.
As vantagens da sua aplicação dizem respeito a:
- Redução dos custos de energia em mais de 15% em comparação com o processo de produção tradicional.
- Aumento da rotação dos depósitos para vinificar devido ao menor tempo de extração, reduzindo os tempos de maceração em 50%.
- Vinhos mais varietais com tons mais violeta e uma cor mais estável ao longo do tempo como resultado da elevada extração de taninos das cascas.
Em suma, vinhos de maior qualidade
Graças a este sistema, foram produzidos mais de 20 milhões de litros de vinho com esta tecnologia, tanto em adegas nacionais como internacionais, sendo a nossa principal embaixadora do grupo Virgen de las Viñas, a maior cooperativa da Europa sediada em Tomelloso.
Se deseja mais informações sobre o nosso sistema inovador entre aqui